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sábado, 2 de fevereiro de 2008

Obras de Miséricordia


Certamente você ouviu falar, alguma vez, das "obras de misericórdia".

Mas pode acontecer que nem sempre nos lembremos que estamos praticando uma obra de misericórdia. Quantas são as obras de misericórdia? Quantas são corporais? Quantas são espirituais? Por que devemos praticá-las? Que benefícios trazem para os beneficiários, e que benefícios trazem para nós mesmos? As obras de misericórdia são 14. Sete corporais e sete espirituais. Comecemos lembrando as corporais.


1a. - "Dar de comer a quem tem fome".


Quantas vezes, pessoas necessitadas pediram-nos uma esmola para comprar comida? Nós as atendemos, e fizemos, assim, um ato de misericórdia. Demos de comer a quem tinha fome. A Igreja recomendou sempre, e recomenda ainda, a prática desse ato, que quase passou a formar parte do nosso dia-a-dia. O mesmo acontece quando alguém nos pede água, pois a segunda obra de misericórdia é:


2a - "Dar de beber a quem tem sede".


É tão simples oferecer um copo d'água, não é? Entretanto, a Igreja dá valor a esse simples ato. O valor de um ato de misericórdia feito a um semelhante, por amor de Deus.


3a - "Vestir a quem está nu".


É muito comum tomarmos conhecimento de campanhas de coleta de agasalhos para pessoas pobres. Pois bem, doar roupas aos necessitados, ou agasalho na época de frio é, também, um ato de misericórdia.


4a - "Dar pousada ao peregrino".


Muitas vezes um parente chega de outra cidade. Ou mesmo um irmão perde o emprego e não pode mais pagar o aluguel. Nós os acolhemos. Pode nos parecer a coisa mais normal acolher alguém em nossa casa. Entretanto, a Igreja nos ensina que, fazendo-o por amor de Deus, à normalidade do ato acrescentamos os méritos de praticar um ato de misericórdia.


5a - "Visitar os doentes e os encarcerados".


Quem de nós já não teve oportunidade de visitar um doente? Certamente mais de uma vez. E percebemos como a visita serviu-lhe de alívio nas dores e incômodos que estava sofrendo. Pode até ser que nós mesmos, estando doentes, já sentimos o alívio que nos proporcionaram as pessoas, os parentes, os amigos que foram nos ver. Isso, não só alivia a dor, mas também faz com que a recuperação seja mais rápida. É bom nos lembrarmos que, quando levamos conforto a alguém doente, é como se o estivéssemos fazendo a Nosso Senhor Jesus Cristo. Os presos também precisam de ajuda. Eles estão no cárcere porque agiram mal. Roubaram, mataram, ou cometeram alguma injustiça contra alguém... Enfim, tornaram-se merecedores de um castigo. Mas Igreja nos ensina que a um castigo não devemos acrescentar outro, mas que devemos agir com misericórdia.6a - "Remir os cativos" é a sexta obra de misericórdia corporal. Os prisioneiros de guerra, as pessoas que são seqüestradas, aquelas que são mantidas como reféns, encontram-se em condições físicas e morais precárias, e estão nas mãos de pessoas que exigem alguma coisa para liberá-las. É um ato de misericórdia procurar remi-las, para que cessem seus sofrimentos e voltem às suas famílias. Essa obra de misericórdia foi amplamente praticada por Santa Edwiges, pois em seu tempo havia prisão por dívidas. Esta grande Santa pagava as dívidas de muitos encarcerados e, assim, obtinha-lhes novamente a liberdade.


7a - A sétima obra de misericórdia corporal é: "Enterrar os mortos".


A Igreja nos ensina que devemos sempre enterrar os mortos de forma digna e respeitosa, tendo em vista os méritos infinitos de Nosso Senhor Jesus Cristo, que foi crucificado, morto, sepultado e ressuscitou ao terceiro dia.

1a - "Dar bom conselho".


Quantas vezes já praticamos, em nossa vida, este ato! Às vezes, damos um bom conselho espontaneamente. Outras vezes, é alguém que nos pede um conselho. Nós mesmos temos sentido a necessidade de pedir um conselho. A Igreja coloca o ato de aconselhar entre as obras de misericórdia espirituais. Mas, bem entendido, deve-se dar um bom conselho, com reta consciência, de acordo com a verdade, e de acordo com a autêntica doutrina católica. Jamais se pode aconselhar um aborto, por exemplo.


2a - "Ensinar os ignorantes".


Ensinar é um ato que forma parte de nosso dia-a-dia. Mandar nossos filhos à escola, explicar para alguém uma coisa que não está entendendo, indicar como se chega a algum lugar...Ensinar a fazer o bem, ensinar a diferença entre o certo do errado, ensinar a rezar o Rosário ou o Terço, ensinar o catecismo são obras de misericórdia espirituais.


3a - "Castigar os que erram".


Corrigir alguém que erra é um ato de misericórdia que leva a pessoa a não cometer o mesmo erro novamente. Quem é pai ou mãe sabe como o castigo é salutar para educar bem os filhos. Corrigir os filhos que erram é um ato de misericórdia inestimável para conduzir suas vidas na virtude e livrá-los da corrupção dos costumes.


4a - "Consolar os aflitos".


Esse ato quase que forma parte, também, de nosso dia-a-dia. É o dinheiro que não dá, é um emprego que não se consegue, é um filho que está doente... A lista de problemas que aflige nosso próximo é imensa. Nesses momentos é bom, é recomendável, oferecer uma palavra de conforto, de esperança, de encorajamento a quem está aflito. Jamais se deve levar alguém ao desespero, nem frustrar a esperança de uma solução próxima.


5a – "Perdoar as injúrias"


Quando alguém nos ofende, o que devemos fazer? "Perdoar as injúrias. Esse ato de misericórdia pode ser difícil de praticar, não é? Lá vem nosso amor próprio, nossa vaidade ferida, nosso desejo de vingança. Mas, Nosso Senhor nos ensinou a perdoar. Nossa Senhora nos ensina continuamente a perdoar. Se buscamos o perdão de Deus, então por que não perdoar também os que nos ofendem? O esforço que faremos, perdoando uma injúria, será levado em conta por Deus para aumentar nossos méritos. Nosso perdão sempre faz bem a nós mesmos, e nos aproxima mais dos exemplos de Nosso Senhor e de Nossa Senhora.


6a - "Sofrer com paciência as fraquezas do próximo".


Todos nós temos fraquezas. E, se os demais suportam as nossas, nós devemos, também, ter paciência com as dos outros. Pensemos que nosso próximo pode estar se esforçando para melhorar, e, a paciência com ele, é um modo de ajudá-lo a superar suas fraquezas.


7a - "Rogar a Deus pelos vivos e defuntos".


Aquele bem que nós não podemos fazer diretamente às pessoas, pedimos através da oração que Deus o faça. E um excelente meio de praticar essa obra de misericórdia é, por exemplo, recitar com confiança Terço da Divina Misericórdia.* * *Acabamos de considerar uma série de obras de misericórdia, cuja prática se nos apresenta com freqüência. Pode ser que várias delas já as pratiquemos diariamente. Mas, o bem que podemos fazer será ainda maior se o fizermos conscientemente por a Deus. Lembremo-nos sempre de que Nosso Senhor e Nossa Senhora nos retribuem generosamente todo bem que praticamos.


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